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EntradaProjectos2008Porto Torrão (1ªFase), Ferreira do Alentejo
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Porto Torrão (1ªFase), Ferreira do Alentejo

Face à necessidade de proceder à realização de trabalhos arqueológicos de diagnóstico na área do traçado das condutas de rega projectadas para o perímetro do designado Povoado Calcolítico de Porto Torrão, foram adjudicados à Neoépica os trabalhos de decapagem mecânica nas áreas a ser afectadas, bem como a escavação manual de uma área de cerca de 300m².

Os trabalhos de decapagem mecânica permitiram registar os diferentes graus de concentração de vestígios, bem como as áreas limites do povoado, não muito longe daquilo que foi definido aquando dos trabalhos de prospecção dos anos 80 da responsabilidade de José Morais Arnaud. Com o intuito de uma melhor caracterização dos vestígios, procedeu-se à escavação manual de 11 sondagens.   
Os dados recolhidos na 1ª fase dos trabalhos arqueológicos de minimização de impactes e salvaguarda na área do Povoado pré-histórico de Porto Torrão (Ferreira do Alentejo), permitiram uma boa noção da relevância e do bom grau de preservação dos contextos ali existentes e da cultura material a estes associada.
Os trabalhos de decapagem mecânica colocaram a descoberto uma grande quantidade de vestígios, cuja análise de dispersão espacial vem mostrar que a linha definida como área do povoado aquando dos trabalhos de prospecção da responsabilidade de José Morais Arnaud nos anos 80 do século passado, não se encontra muito distante da realidade. Assim, as prováveis secções de fosso registadas ao longo dos trabalhos nos diferentes sectores, ao que tudo indica, estruturam uma espacialidade interior/exterior que se estende por ambas as margens da Ribeira de Vale Ouro, que corre no sentido Este-Oeste (VALERA, 2008, p.123). Um outro aspecto a realçar é o do carácter limite dos diferentes níveis interpretados como secções de fosso, encontrando-se no seu interior diversos vestígios de uma intensa ocupação, enquanto que para o exterior se nota uma clara diminuição ou mesmo a inexistência de qualquer contexto antrópico.

A análise de orientações e espacialidades das diferentes secções de fossos postas a descoberto aquando dos trabalhos a que se refere o presente relatório, bem como as conhecidas em intervenções anteriores (VALERA, FILIPE, 2004; VALERA, 2008), levaram ao desenho de hipóteses de trabalho, com a possibilidade de estarmos perante três linhas de fosso, uma primeira exterior, seguida por uma segunda linha, relativamente próxima, que se desenvolve longitudinalmente. Delimitando a parte central do povoado encontram-se as secções intervencionadas em 2002 (VALERA, FILIPE, 2004), seguindo-se em linhas gerais a proposta de António Carlos Valera (VALERA, 2008). Este tipo de análise, mais do que dados reais, procura fornecer hipóteses de trabalho a desenvolver em futuras intervenções, sendo estas que irão levar ao desenho da planta do povoado pré-histórico do Porto Torrão, assim como ao estipular de estratégias de ocupação e abandono, como ficou demonstrado pelos trabalhos arqueológicos de minimização e salvaguarda da REN em 2002  (VALERA, FILIPE, 2004).


Os trabalhos de decapagem mecânica e sondagens manuais agora levados  a cabo permitiram colocar a descoberto no interior das possíveis linhas de fossos, vestígios de uma intensa ocupação antrópica, na sua grande maioria composta por estruturas em negativo escavadas no substrato geológico que, devido à sua natureza argilo/margosa de textura muito branda e plástica, facilitou este tipo de estratégia, destacando-se a utilização destas mesmas argilas/margas na composição de elementos estruturais como pisos, reentrâncias, saliências, compartimentação e divisão de diferentes espaços. Entre estas estruturas em negativo salienta-se, para além das secções de fossos, as interfaces de base de uma cabana de planta rectangular na Sondagem V, extremamente bem preservada, permitindo o registo de todo o espaço, inclusive do piso de ocupação; a estrutura que, nesta fase, se interpretou como ligada à gestão de água; bem como o nível de piso/calçada em caliço de cor branca orientado sensivelmente Este-Oeste que surgiu na Sondagem XI.

No que diz respeito às estruturas em positivo, estas são mais raras, encontrando-se muitas delas quase à superfície, o que levou ao seu remeximento e destruição. Não obstante, foi possível detectar alguns contextos relativamente bem preservados como a base de muralha da Sondagem I, ou a base de cabana circular da Sondagem IV, devendo existir no canto N-O da Sondagem VII uma outra base de cabana constituída por elementos pétreos de médias dimensões.

No que diz respeito ao Sector 1, registaram-se contextos algo distintos dos restantes sectores. Nestes, os vestígios surgem quase à superfície, constituídos essencialmente por estruturas que cortam e enchem as argilas e margas geológicas, tendo a maioria sido alvo de processos de colmatação rápidos e de difícil leitura diacrónica. Já o Sector 1 revelou que pelo menos em parte, a geologia se encontra a mais de 1 metro de profundidade, facto que levou à deposição de várias camadas arqueológicas que em larga media devem ser representativas da diacronia do povoado, marcando diferentes fases e momentos de ocupação ao longo, provavelmente, de um largo período temporal.
É ainda de destacar o facto se terem já detectado duas inumações humanas, apesar da área escavada ser ainda muito reduzida tendo em conta a área a afectar, facto que nos leva a acreditar que a continuação dos trabalhos de escavação arqueológica irá permitir que continuem a ser colocados a descoberto outros contextos de inumação. 
  
  
Por último, uma chamada de atenção para a grande quantidade e qualidade dos artefactos que foram encontrados. Numa área total de escavação de cerca de 300 m², foram recolhidos mais de 2000 kg de material. Os materiais cerâmicos representam a grande maioria do espólio recolhido, encontrando-se fragmentos relativamente grandes e pouco rolados, tendo sido possível a recolha de algumas peças quase inteiras ou mesmo inteiras, indício de contextos pouco remexidos e bem preservados. Ao nível das tipologias destacam-se, pelo seu valor como elementos crono-culturais, os pratos de bordo espessado/almendrado, bem como, apesar de em menor número, as taças carenadas. A coexistência de ambos os elementos vem permitir uma atribuição cronológica na transição do 4º para o 3º milénio. Surgem igualmente taças de pequenas dimensões, bem como uma grande variedade de cerâmica de armazenamento. Os pesos de tear de tipo crescente ou placa encontram-se presentes em grande número, registando-se em algumas peças a presença de grafitos.  É ainda de notar o surgimento na Sondagem III (Sector 1) de alguns fragmentos de cerâmica campaniforme integráveis no estilo internacional.

No que diz respeito à pedra polida surgem em grande quantidade os elementos de moagem (moventes e dormentes), bem como alguns machados e enxós em anfibolito, fragmentados ou com sinais de uso intenso. A pedra lascada enquadra-se no pacote normal deste período: pontas de seta de base recta ou côncava; lâminas espessas; lamelas; furadores; lascas retocadas; núcleos; restos de talhe; etc. Uma breve observação dos artefactos de pedra polida e lascada realça o peso de actividades ligadas à agricultura, bem como o recurso a matérias-primas locais como gabro-dioritos no caso de elementos de moagem, ou o xisto em utensilagem como pontas de seta. Surgem no entanto alguns elementos de pedra talhada em sílex, bem como machados de pedra polida em anfibolito, presenças que revelam a existência de contactos inter-regionais na transacção de matérias-primas. 
Os artefactos de carácter religioso ou simbólico encontram-se também representados, destacando-se um fragmento de placa de xisto decorado em ambas as faces, um búzio apresentando decoração, um betilo fragmentado, uma presa de javali apresentando uma perfuração de suspensão e um fragmento de ídolo cilíndrico. Até ao momento, todos os artefactos simbólico-cognitivos foram recolhidos em contextos de enchimento de bolsas ou silos, tendo-se observado nestes a presença de estigmas como acidentes aquando da sua execução ou fracturas decorrentes da utilização, os quais terão levado ao seu abandono.

Os artefactos em metal surgem em baixo número, sendo esta uma característica de uma época em que a metalurgia é ainda muito incipiente. Assim, recolheram-se alguns punções, uma placa de função desconhecida, e outros pequenos fragmentos. Não se registou a presença de qualquer elemento artefactual relacionado com a produção metalúrgica, tais como escória ou cadinhos.
O conjunto faunístico recolhido é igualmente em grande quantidade e diversidade, encontrando-se (graças ao tipo de sedimentos argiloso que o envolve) bem preservado. Assim, a fauna mamalógica surge em grande número, tendo-se já notado a presença de ovelha/cabra, porco/javali, veado, cavalo, bovídeos e, possivelmente, cão. No que diz respeito à fauna malacológica nota-se que esta surge em menor número, com espécies como a vieira (Pecten maximus), amêijoa (Tapes decussatus) ou mexilhão (Mytilus sp.).
Pensamos que a natureza especial do povoado pré-histórico de Porto Torrão ficou bem vincado com os trabalhos realizados, os quais permitiram mais do que o complementar dos trabalhos anteriormente realizados, trazer toda uma nova luz perante um conjunto de importantes contextos que revelam de forma única a vivência de uma comunidade da pré-história recente.

Fontes bibliográficas:

ARNAUD, J. M., (1982), “O povoado calcolítico de Ferreira do Alentejo no contexto da bacia do Sado e do Sudoeste Peninsular”, Arqueologia, n.º 6, Porto, GEAP, p.48-64.
ARNAUD, J. M., (1993), “O povoado calcolítico de Porto Torrão (Ferreira do Alentejo): síntese das investigações realizadas” Vipasca, n.º2, Aljustrel, C.M.A., pp.51-61.
VALERA, A. C., (2008), “Mapeando o cosmos. Uma abordagem cognitiva aos recintos da Pré-História Recente”, Era-Arqueologia, 8, Lisboa, Era-Arqueologia/Colibri, p.112-127.

VALERA, A. C., FILIPE, I., (2004), “O povoado do Porto Torrão (Ferreira do Alentejo): novos dados e novas problemáticas no contexto de calcolitização do Sudoeste peninsular”, Era-Arqueologia, 6, Lisboa, Era-Arqueologia/Colibri, p.28-61.


Responsáveis pelo Projecto: Paulo Rebelo, Raquel Santos, Nuno Neto
Assessoria científica: Professor Doutor António Faustino Carvalho

Artigos relacionados:

Intervenção Arqueológica em Porto Torrão, Ferreira do Alentejo (2008-2010): resultados preliminares e programas de estudos
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